Mas afinal, o que é Tomossíntese?

Essa nova tecnologia chamada Tomossíntese ou Mamografia 3D, é uma avançada aplicação da mamografia digital que possibilita uma maior sensibilidade no exame. Reproduz imagens de cortes finos de alta resolução, correspondendo a 0.5 mm de espessura (planos) e 10 mm (blocos), que permite a visualização tridimensional da mama, diminuindo a produção de resultados falso-positivos e também reduzindo ou eliminando efeitos de sobreposição da imagem em mamas densas, o que define melhor microcalcificações e nódulos quando comparados a mamografia 2D e aumenta a fidedignidade da área a ser analisada pelo médico.

Aprovada pela ANVISA e pelo FDA dos Estados Unidos, a tomossíntese é um exame seguro, visto que a radiação ionizante utilizada não ultrapassa a recomendação máxima aceita pelos Guidelines do ACR (American College of Radiology). É de rápida execução, durando apenas alguns segundos, simultaneamente com a compressão mamária da mamografia. O exame segue a mesma indicação utilizada na mamografia convencional para o rastreamento do câncer de mama, diagnóstico e também esclarecimento em caso de dúvidas em exames convencionais.

O câncer de mama é a 1ª causa principal de morte por câncer da mulher no Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). A chance de sobrevida depende diretamente do estágio em que se é detectado, se no ínicio, o índice de sobrevida em 5 anos é maior que 95%.

A tomossíntese ganha cada vez mais espaço e com ela uma maior taxa de identificação e diagnóstico precoce do câncer de mama, aumentando 41% a taxa de detecção do câncer invasivo, o que é extremamente vantajoso para a paciente, garantindo melhores prognósticos com maiores chances de cura.

Texto:
André Victor Yamamoto Lessi
Acadêmico de Medicina da Universidade de Cuiabá - UNIC
Fundador/Presidente da Liga Acadêmica de Radiologia da Universidade de Cuiabá - LARU